sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Conselho escolar faz reunião extraordinária sobre a reforma da Escola


Nesta última sexta (14/01/2011) o Conselho Escolar da Escola Frei Othmar, numa reunião extraordinária, debateu e tomou decisões importantes em relação à inconstância da reforma da Escola, que desde junho de 2010 vem causando uma série de transtornos no andamento dos trabalhos da mesma.
Logo que veio a notícia de que a escola seria contemplada com uma reforma emergencial, todos ficamos muito contentes, uma vez que a mesma estava e ainda continua precisando de sérios reparos, e quiçá até de uma nova escola. É bom lembrar que esta reforma só veio graças à ação do Sindicato dos Professores do Estado junto ao Ministério Público Estadual que obrigou o governo a reformar várias escolas.
O grande problema é que, infelizmente, mesmo pressionado pela justiça, opinião pública e pela própria consciência, as coisas não caminharam como se devia. A reforma não contemplava tudo o que a escola precisava e mesmo naquele pouco tudo caminhou de forma muito lenta e inconstante, atrapalhando todo o andamento letivo de 2010.
A reforma estava, pois não sabemos se ainda está, planejada em duas etapas. Uma primeira contemplando a troca do telhado e novas instalações elétricas. E a segunda contemplaria uma reforma mais profunda, onde a escola seria inclusive pintada, toda gradeada, novos banheiros, refeitório e muito mais.
A passos lentos, a reforma caminhava, o representante da construtora, seu Raimundo Nonato Batista Vieira, sempre alegava que o governo não cumpria com o seu papel, que era de pagar as parcelas no tempo certo para que a obra caminhasse normalmente, isto seria um dos motivos de uma obra que seria para acontecer em 120 dias, passar de 5 meses e nada... Somando a isso, a construtora foi incentivada a iniciar obras da segunda etapa, sem mesmo ter concluído a primeira, na esperança de que a verba desta segunda etapa fosse liberada a contento pelo governo, coisa que não aconteceu levando a construtora a abandonar o canteiro de obras.
Resultado: a reforma da escola está inacabada, podendo inclusive prejudicar o início do ano letivo de 2011.
Gravíssimo a todo este relato, foi à apresentação de um documento, vindo da SEDUC de Belém, assinado pelos engenheiros da mesma, Faek Pedro Khoury Neto – Representante da SEDUC – e Silvia Patrícia Freitas da Silva – engenheira responsável, apresentado pelo seu Raimundo, representante da construtora, pedindo a assinatura do Diretor da Escola, prof. Sandro Massaranduba. O documento assinado seria a confirmação de que a obra teria sido concluída com êxito e entregue à comunidade escolar. Obviamente que o prof. Sandro não o assinou. Este documento, infelizmente, é a prova de como servidores do Estado tratam a educação e a vida de quem mais precisa dos serviços estatais. [baixe o documento]
Pensando nesta possibilidade, de um prejuízo monumental em 2011, não só para os alunos, mas também para os servidores da escola é que o Conselho Escolar promoveu esta reunião extraordinária para discutir o assunto da reforma. Estiveram presentes membros da direção, da equipe de apoio, da comunidade, dos professores, dos alunos e o representante da construtora e algumas decisões importantes foram tomadas, especialmente após seu Raimundo dar explicações enquanto construtor:
  • Um documento será elaborado para convocar a SEDUC a dar explicações de o porquê todo este engodo, especialmente nas pessoas dos engenheiros responsáveis que assinaram o laudo de conclusão da obra.
  • A construtora, na pessoa de seu Raimundo, se comprometeu a elaborar um documento mencionando todos os motivos da incompletude da obra.
  • A Escola, na figura do Conselho Escolar, decidiu entrar com uma denúncia junto ao Ministério Público Estadual para que este investigue e analise o caso, para que medidas sejam tomadas, na esperança inclusive de punir culpados.
  • Paralelo a ação no Ministério Público, a Escola vai garantir o início normal das aulas em 2011. As salas inadequadas para abrigar aulas precisam de instalação elétrica e ventiladores, além de uma boa faxina e com recursos do PDDE e da ajuda da comunidade, isto será feito para que se tenha um bom e normal início de ano letivo.

A Escola, com seu Conselho, conta com a colaboração e compreensão de todos para que tudo se resolva e nossos alunos e servidores não sejam prejudicados por desleixo e incompetência, especialmente de nossos governantes.


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